Descobrindo uma nova ferramenta
Desde pequeno, o ser humano tem um desejo natural de entender por que as coisas existem, por que são de um jeito e não de outro. Existe um período em especial, chamado de “fase dos porquês”, em que fazemos perguntas e mais perguntas. É quando começamos a ouvir os famosos “Porque sim!” e “Porque não!”.
Quase sempre as pessoas continuam repetindo as mesmas perguntas até encontrar respostas mais satisfatórias. No entanto, às vezes abandonam o hábito de questionar, o que é muito triste.
Afinal, por que respostas como essas não são suficientes? Porque sabemos, de algum modo, que para tudo há uma razão. Além disso, existem explicações convincentes e outras nem tanto.
Será que prestamos atenção nisso? Provavelmente já apresentamos razões que não convenceram ou nos deixamos convencer por explicações que não eram suficientemente boas.
No tempo de Sócrates, havia na Grécia um grupo de especialisatas em convencer os outros de qualquer coisa. Verdade ou não, todos acabavam acreditando, porque as razões utilizadas por esses homens eram aparentemente boas. Como eram considerados muito sábios, quase ninguém os questionava.
Sócrates, no entanto, não perdia uma chance de mostrar às pessoas que estavam sendo enganadas pela própria falta de atenção.
Mais tarde, seu grande aluno, Platão, escreveu muitas obras sobre os ensinamentos de Sócrates. Algum tempo depois, um grande aluno de Platão, Aristóteles, inaugurou uma nova forma de pensar chamada lógica. Por meio dela, todas as afirmações passaram a ser cuidadosamente analisadas, para que nenhuma falsidade disfarçada de verdade enganasse as pessoas.
Infelizmente, poucas pessoas utilizam a lógica para falar ou interpretar o que ouvem. Por isso, tantos discursos políticos e propagandas nos convencem de coisas nas quais não deveríamos acreditar.
Parece que pouca coisa mudou desde o tempo de Sócrates, afinal, hoje, também existem pessoas pouco preocupadas com a verdade e filósofos dedicados a investigar as razões de tudo o que pensamos e dizemos.
